A qualidade da câmera se tornou o fator definidor dos melhores smartphones do mundo, como mostraram os novos aparelhos Google Pixel 4 e Apple iPhone 11 , entre alguns outros lançamentos como Huawei Mate 30 Pro. Tenha um aparelho com uma boa câmera e os elogios da crítica vem com tudo. Esse fenômeno da fotografia não é reservado ao mercado dos aparelhos top de linha – ótimas fotos também aumenta as vendas dos telefones mais baratos.
No entanto, esses dois mercados estão completamente em desacordo no conceito sobre o que é bom ou ruim no que diz respeito às câmeras. Nos aparelhos mais acessíveis, os smartphones oferecem sensores de 48, 64 e logo 108 megapixels . Eles estão aplicando a velha teoria de que quanto mais pixels melhor. Mas pergunte à Apple, Google e Samsung, e eles dirão que apenas 12 megapixels são tudo o que você precisa.
Enquanto os megapixels ficam ótimos no papel, convertê-los em imagens bonitas é uma outra questão.
Várias câmeras de alta resolução que vemos no mercado produzem imagens com uma aparência muito embaçada, sem detalhes. O motivo é que para ter uma foto decente é necessário mais do que um número grande de pixels para criar uma imagem bonita e com riqueza de detalhes, para ter bons resultados outros fatores são importantes. Isso inclui uma lente de alta qualidade e algoritmos de processamento de imagem de ponta. Alguns telefones podem obter imagens muito detalhadas, como o Huawei Mate 30 Pro , mas o aparelho mais acessível fica com imagens piores mesmo tendo mais megapixels.
Não se convernceu? Confira esta imagem de exemplo abaixo. Coloquei o Honor 9X de 48MP contra o Pixel 3 de 12MP .
Esta não é uma comparação distante com base no preço, mas prova o ponto em megapixels. É bem claro qual câmera captura mais detalhes.
Deep Fusion, o novo recurso de câmera do iPhone 11
Uma das principais razões para isso é que todos esses enormes sensores megapixel usam uma tecnologia chamada ” pixel binning “. Em vez de um filtro de cores tradicional da Bayer, eles usam um padrão de filtro Quad-Bayer. Na realidade, essas câmeras têm uma resolução de cores mais próxima de um quarto da contagem de pixels. Assim, uma câmera binning de 48MP é mais parecida com uma câmera de 12MP, 64MP mais próxima de 16MP e 108MP mais próxima de 27MP em termos de detalhes reais e resolvíveis. Isso pressupõe que uma empresa de smartphones mais barata também faça um trabalho decente com as lentes, o que é improvável.
Nos aparelhos mais baratos não leve em consideração apenas os grandes números, confie nas imagens. Até agora, esses enormes sensores com muitos megapixels foram uma decepção no que diz respeito a nível de detalhes.
Embora a corrida de megapixels tenha produzido muitos aparelhos, o mercado pouco mudou em termos de hardware em nos últimos anos. Em vez disso, os smartphones de ponta aprimoraram seus recursos de imagem através do uso de fotografia computacional.
Melhorias no processamento de imagens estão produzindo melhores detalhes, alcance dinâmico, balanço de branco e cores em luz do dia e com pouca luz. A fotografia computacional também está alimentando muitos dos nossos recursos favoritos da câmera, incluindo modos noturnos , efeitos de profundidade de campo de bokeh e detecção de cena de IA. Para exemplos de fotografia computacional em ação, veja a excelente qualidade das imagens com pouca luz da Apple, o zoom híbrido 5x da Huawei ou os recursos de astrofotografia do Pixel 4 .
Já estamos vendo algumas dessas técnicas chegarem a aparelhos mais acessíveis . Os recursos de modo noturno e bokeh de software (modo retrato), podem ser encontrados em quase todos os telefones apenas um ano ou mais depois de serem exclusivos nos top de linha. No entanto, o custo do processamento avançado de imagens e do hardware de menos potente mantém os algoritmos de fotografia computacional mais avançados em telefones mais caros, pelo menos por enquanto.
Os melhores aparelhos para fotografia hoje não dependem apenas de um ótimo hardware de câmera, eles também usam componentes de processamento de imagem de ponta e inteligência artifical. Apple, Huawei e Samsung dobraram as capacidades de seus chips de processamento, enquanto o Google está na tendência com seu processador Neural Core adicional . Esses chips são essenciais para a execução eficiente desses algoritmos avançados de geração de imagens, sem comprometer o tempo de vida útil da bateria.
Eventualmente, esses recursos chegarão a telefones mais acessíveis e os fabricantes poderão diminuir as resoluções da câmera para ajudar a processar os dados da imagem com mais eficiência. Enquanto isso, os smartphones de médio porte estão optando por sensores de alta resolução para se mostrarem competitivos. Mas o futuro da fotografia móvel reside fortemente nos novos recursos de processamento mais inteligentes e avançados de imagem..
Com informações de Adroid Authority