Apesar de as empresas não falarem tanto sobre a segurança em laptops, alguns argumentos colocam o ChromeOS, do Google, numa posição mais vantajosa em relação aos computadores da Microsoft e da Apple.
Quando o Google começou a projetar o ChromeOS, foi possível observar os problemas com os quais o Windows, o macOS e até mesmo o Linux lutavam quando se tratava de segurança. Com isso, implementou cinco recursos que fazem do ChromeOS um sistema mais seguro.
Atualizações automáticas
Conforme novas ameaças se tornam conhecidas, é essencial que os patches sejam aplicados rapidamente. O Google tem um excelente histórico sobre isso, pois ele não apenas libera correções regularmente, mas com as atualizações garantidas mesmo sete anos após o lançamento, a maioria dos usuários possui a versão mais atualizada.
Sandboxing
Caso um malware atinja o Chromebook, ele não é muito danificado. Cada guia no ChromeOS atua separadamente com um ambiente restrito ou “sandbox”. Isso significa que apenas a guia afetada é vulnerável e é muito difícil que a infecção se espalhe para outras áreas da máquina.
No Windows e no macOS, o malware geralmente é instalado em algum lugar do próprio sistema, deixando a ameaça com mais espaço. Existem maneiras de restringir isso, com software antivírus ou varreduras regulares de sistema.
Depois que o hack é descoberto, ele é imediatamente excluído pelo Google, removendo-o de qualquer máquina infectada, ainda que os usuários precisem manter-se atentos.
Inicialização verificada
Se um software malicioso ignorar os recursos de segurança acima, ele terá outro obstáculo, a Inicialização Verificada. Sempre que um Chromebook é ligado, ele passa por um processo de autodiagnóstico, procurando por qualquer código que não o pertença. Durante essa inicialização confirmada, o dispositivo coloca automaticamente em quarentena tudo o que não é do Google e os remove.
O Windows faz algo semelhante com o seu recurso de inicialização segura, que pode ser muito eficaz contra rootkits que tentam substituir o carregador de inicialização quando um PC é inicializado. Mas, com o Windows sendo um sistema operacional muito mais complexo que o ChromeOS e um alvo de alto valor para hackers devido à sua popularidade, os ataques ocasionalmente encontram uma maneira de contornar os esforços de segurança do Windows.
Criptografia de dados
A maioria dos softwares em um Chromebook é armazenada e executada na nuvem. Ainda existem arquivos locais, que assumem a forma de downloads, caches de navegador, cookies, entre outros. Eles podem ser usados por hackers para descobrir o que uma pessoa está fazendo on-line, mas o Google usa criptografia no dispositivo para evitar qualquer espionagem.
A ferramenta está disponível para usuários no Windows 10, mas apenas nas versões Pro do sistema operacional. A ativação do Bitlocker criptografará todos os dados da unidade, tornando muito mais difícil para os hackers obter algo útil.
Powerwash
Finalmente, há a opção de limpar todo o sistema e começar de novo. No Windows, isso é mais complicado, embora a Microsoft tenha melhorado o processo nos últimos anos, com o Windows 10 facilitando o trabalho graças ao recurso “Redefinir este PC”.
O ChromeOS torna isso ainda mais simples com a opção Powerwash, que pode limpar completamente a unidade e reinstalar uma nova versão do ChromeOS em apenas alguns minutos.
Como os aplicativos estão principalmente na nuvem, não é necessário esperar que tudo seja reinstalado. Basta pressionar o botão Powerwash, aguardar alguns minutos e fazer login.
Então, os Chromebooks são realmente mais seguros?
Os Chromebooks parecem proteger o usuário mais do que outros sistemas. Porém, muitos ataques hoje em dia evitam malware ou vírus e, em vez disso, tentam convencer o usuário a fornecer suas informações. No caso dos golpes de “phishing”, um Chromebook é tão vulnerável quanto qualquer outra máquina.
De: Martyn Casserly, Tech Advisor (Fonte IDGNOW)